Sebastián Beccacece, auxiliar de Sampaoli por mais de 10 anos, e Jonás Gutiérrez, que venceu paralisia e câncer no testículo, são os mais famosos do Defensa y Justicia
Dono de inúmeros títulos sul-americanos, com destaque para o tricampeonato da Libertadores, o São Paulo começará a busca pelo bicampeonato da Copa Sul-Americana contra um rival bem mais modesto: o Defensa y Justicia ascendeu à elite do futebol argentino em 2014 depois de passar 24 temporadas nas divisões inferiores – um recorde. Mas tem personagens relevantes.
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Jorge Sampaoli e Sebastian Beccacece treino Chile (Foto: AP Photo/Jorge Saenz)
Sebastián Beccacece e Sampaoli quando trabalhavam na seleção chilena (Foto: AP Photo/Jorge Saenz)
Se Rogério Ceni inicia sua carreira moldado em muitos dos conceitos de Jorge Sampaoli, que hoje comanda o Sevilla, da Espanha, ele enfrentará o maior dos pupilos do argentino. Sebastián Beccacece tem 36 anos e por pelo menos 13 trabalhou como auxiliar de Sampaoli. Eles estiveram juntos em três clubes peruanos, dois equatorianos, dois chilenos e também na seleção do Chile, onde foram eliminados pelo Brasil, nos pênaltis, nas oitavas de final da Copa de 2014.
No fim de 2015, ele se desgarrou de seu mestre para assumir a Universidad de Chile em sua primeira aventura solo, e decepcionou. Há pouco mais de dois meses está no Defensa y Justicia.
Sorteado como rival do São Paulo em sorteio realizado na sede da Conmebol, em Assunção, no Paraguai, o clube joga na pequena Florencio Varela, na grande Buenos Aires. A primeira partida será no estádio Norberto Tomaghello, que, segundo relatos locais, tem capacidade para 20 mil pessoas. Ele está passando por uma ampliação, mas o prazo é de três meses. A estreia tricolor deve acontecer no fim do mês de fevereiro, e a decisão, no Morumbi, em abril.
Na Argentina, o São Paulo vai se deparar com um ícone de superação. O volante Jonás Gutiérrez é o mais conhecido jogador do plantel do Defensa y Justicia. Ele começou a jogar futebol quando criança para combater uma paralisia do lado esquerdo do corpo, decorrente de uma convulsão. O que era um tratamento se tornou sério quando ele chegou ao Vélez Sarsfield.
Jonas Gutierrez, New Castle, sub-21 (Foto: Getty Images)
Jonás Gutiérrez superou paralisia, na infância, e câncer em 2013: é líder no Defensa y Justicia (Foto: Getty Images)
Titular da seleção comandada por Diego Maradona, na Copa do Mundo de 2010, Gutiérrez enfrentou novo drama quando teve um câncer no testículo esquerdo diagnosticado, em maio de 2013, defendendo o Newcastle, da Inglaterra. Depois de ter o testículo retirado, o argentino precisou fazer sessões de quimioterapia.
Gutiérrez voltou a jogar pelo Newcastle em março de 2015, e, incrivelmente, salvou a equipe do rebaixamento ao fazer um gol contra o West Ham na última rodada. Mesmo assim, o Newcastle não renovou seu contrato, e ele saiu magoado com a diretoria.
Além de Gutiérrez, o jogador mais caro do adversário do São Paulo é o atacante Sergio González, de 21 anos. Ele custou R$ 5,6 milhões.
A diferença de estrutura, investimento e história entre os rivais é imensa. Até estrear na Copa Sul-Americana, o São Paulo terá encarado uma maratona de sete jogos (seis no Paulistão e um na Copa do Brasil), tempo para Ceni fazer ajustes mais práticos na equipe que vem preparando desde o dia 4 de janeiro, quando começou sua pré-temporada
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